O Conhecido Desconhecido / 6x01 American Horror Story



American Horror Story é uma série antológica e essa idéia de antologia quando me dei conta, na época em que comprei o dvd da primeira temporada, me deixou completamente extasiado. Sempre fui com olhos vendados para o mundo da série, então é engraçado pensar que na época que assisti Murder House, ficava me perguntando como os criadores levariam a história da casa maldita para uma segunda temporada. Cada temporada um tema, um elemento do horror para ser explorado, com toda a sua simbologia e referencias, terreno fértil para a rica verborragia do criativo e insano Ryan Murphy, por quem me apaixonei em Nip/Tuck e em outras séries incríveis dele. O cara dirigiu o filme baseado no meu livro favorito na vida!!!

Falar de American Horror Story sempre foi e é falar de um conhecido familiar, do qual a gente como fã tem uma intimidade. Por mais que os atores voltem uma temporada sim e outra não, temos um amor e uma empatia gigantesca por eles que vestem a camisa do show com unhas e dentes. Ver Lily Rabe, uma das atrizes mais queridas da série, participando da história, mesmo falando para uma câmera em forma documental, é um deleite. A atriz se joga no universo imposto pela nova estrutura da história de uma forma viva e impressionante, a cena em que ela relata ter perdido o bebe, com aquela tristeza no olhar e um pesar latente, arrebatou meu coração.

Sarah Paulson é um ser humano camaleônico. Engraçada e perspicaz na vida, atriz séria e maravilhosa na arte. A atriz sempre oferece uma camada diferente e distinta para cada personagem que a série apresenta. Os fãs choram e guardam uma mágoa atrasada pela ausência de Jessica Lange, que também lamento mas quem representa a alma e toda a inventividade que American tem é Paulson. É ela que se familiariza com as bizarrices do show, com personagens que poderiam fazer qualquer atriz sair correndo achando um absurdo o que oferecem de estranho para interpretar. Cara, a atriz já fez um papel de duas cabeças, isso é incrivel para mim.

A sexta temporada veio com uma proposta totalmente desconhecida, diferente, desde a sua omissão ao tema desse ano. E eu embarquei nesse desconhecido, por mais incomodo e indigesto que possa proporcionar. Que outra série causaria isso na gente antes mesmo de estrear? Stephanie Gibbons, diretora de marketing do programa disse em uma entrevista sobre o método de loucura da campanha do sexto ano que chamou minha atenção: "Eu sentia que devíamos trabalhar com dois espectros do ser humano: desejo de saber, a curiosidade de descobrir aquilo que você não sabe; e talvez o mais importante, a noção de quão poderosa é a sonegação para a psique humana."

Então inteligentemente, ela junto com os produtores e criadores nos apresentou esse aspecto de "oferta e procura" e em meio ao segundo episódio (ainda não assisti ele), ainda estamos ansiados de "querer e precisar e não ter". Ainda não temos uma abertura, não vimos Evan Peters e nem sabemos como eles vão introduzir elementos de outras temporadas nessa história, mas isso pra mim tem um sabor tão delicioso e incomodo ao mesmo tempo porque, no mundo em que a gente vive hoje, tudo é conhecido e panfletário. Eu me sinto totalmente inspirado e apaixonado por um produto me oferecer isso, e a sexta temporada assim como outros anos do show me oferece isso, da forma mais absurda e apaixonante possível. Tomemos coragem de embarcar nesse desconhecido conhecido!!!

?6 1 : Não morro de amores por Cuba Gooding Jr. Poderiam ter trocado ele pelo André Holland que faz a parte documental.

?6 2 : É muito bom ver Adina Porter que participou da primeira temporada de volta. Tanto ela quanto Angela Bassett estão poderosas como a personagem Lee.

?6 3 : Eu fiquei com uma vontade absurda de tomar vinho rosé, culpa da Shelby !!!

?6 4 : Eu descurti paginas da série para não ver spoiler e nem saber o tema, mas aí o viado resolve colocar no face o que estava assistindo e aí quando coloquei o nome da série apareceu uma imagem com o subtítulo ROANOKE embaixo do nome da série, e eu queria queimar os meus olhos por causa disso. Mas mesmo assim não chegou a estragar a surpresa que a estrutura do episódio me causou, vendo pessoas falando na câmera e outras pessoas interpretando elas nas cenas relatadas. Sei que repeti frases que todo mundo disse como: "O que está acontecendo?", "Mas a Shelby é duas ou uma pessoa?", "Isso é uma série ou um programa?", "Cade a porra da abertura??". hahahahaahahah






Comentários

  1. Ótima análise! Também acho q a Sarah é a alma de AHS! 💖💖💖💖💖 Ela é a minha artista favorita da série. Fiquei muito feliz com os elementos incorporados na primeira temporada voltando para a sexta temporada! 🙌🙌🙌🙌🙌 O cenário, fotografia e atuações estão fantásticas! E o roteiro bem estruturado também. Só tenho uma coisa a reclamar: cadê o meu Evan!!! 😣😣 hahahaha

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